23 de janeiro de 2010

Rainha de Escola de Samba Mirim: Erotização precoce ou mera brincadeira de carnaval?

A pequena Júlia Lira. Foto: divulgação

RIO - A decisão da Viradouro de eleger uma rainha de bateria mirim, Júlia Lira, de 7 anos - filha do presidente da escola, Marco Lira - provocou polêmica entre especialistas.

- Carnaval é uma festa de exaltação à sexualidade. Participar de um evento de forte conotação sexual é um estímulo à erotização precoce. Isso faz a criança pular etapas da vida infantil e não pode ser bom. Criança deve ir a bailes infantis - defende o pediatra Lauro Monteiro, editor do Observatório da Infância.

Ambiente de adultos

Segundo o desembargador Siro Darlan, que esteve à frente da 1 Vara da Infância e Juventude na época da criação dos desfiles de escolas de samba mirins, a participação das crianças não é aconselhável pelos riscos de acidentes:

- É preciso submeter à Vara de Infância, mas eu não permitiria. No desfile adulto, nem sempre são cuidadas com atenção e carinho.

Já o desembargador Guaraci Vianna discorda:

- Se tiver autorização judicial e dos pais, não tem problema algum.

Mãe de Júlia e primeira-dama da Viradouro, Mônica Lira, faz coro:

- Nas arquibancadas e camarotes, há crianças, existem alas mirins autorizadas pela Justiça. Se fosse uma festa erótica não passaria à tarde na TV. A Júlia terá credencial e nós, os pais, estaremos ao lado dela. A roupa será infantil. Não estará como passista.

A juíza da 1 Vara da Infância e Juventude, Ivone Ferreira Caetano, ainda não se pronunciou sobre o caso.

Fonte: Clarissa Monteagudo - Jornal Extra de 21/01/10

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